AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE - 9
IX
Então!?
Então, por que não?!,
já e já, antecoante,
no princípio do horizonte,
ressoava, mui vibrante,
a barulhada marcante
do Carro de Apolo Cantor,
trazendo na boleia, alojante,
o Toinzão Multicolor,
antigamente chamado
de Faetonte Terror,
ou Faetonte Roubante,
por ter, com muito valor,
roubado o Carrão Alado,
o Carrão Iluminado
de quem lhe deu vida e amor,
trazendo-o, acalorado,
para o Brasil Redentor,
para beijar a Dianna,
uma Sacerdotisa Bacana,
que, pela manhã, muito sana,
retornava a Caravana
até ao Monte do Amor,
em busca de seu Passado,
um Passado Idolatrado,
por certo, sacralizado,
repleto de resplendor.
Mas, retomando o passado,
na noite do neonarrado,
a Dianna do Cercado,
chamada também Dumar,
havia a Dita se abrigado
per esperar o Sol’Asado,
o Carro Oportunizado
do Toinzão, por ela, amado,
que estava a brilhar no Oriente,
o filho americanizado
do Gigante Heliosponte,
chamado, antigamente,
de Brilhante Faetonte,
um filho desnaturado
que roubou o Carro’ Alado
de seu Papai desamado,
trazendo-o para o Ocidente,
para brilhar redobrado
no Terral Neo-Aclamado,
o Brasil Muito Influente.
Então!? Então, por que não?!,
É preci(o)so re-explicar:
a Dianna Encarnação
estava ali a pernoitar
na Maison do Puro Vinho
de Netuno PreAmar,
ou Maison AquaMarinho
de Urano Bom Velhinho,
que, por fatalidade tirana,
estava alá,
no tal Terral Albergana
de Netuno Piradinho,
a curar a carraspana
de bom vinho vermelhinho,
naquela hora bacana
repleta de torvelinho,
um cogitar doidivana
ou pensar redemoinho,
exilado, sem força insana,
a sua neurose romana,
em um Grandioso Ninho,
ou seja,
na Maison Pisciana
da Pura Água Fontana
do mesmo Netuno Marinho.
E este Embaraço consentido,
ou se quiser, sem sentido,
meu Leitor!, meu Amiguinho!,
só será bem entendido
por quem ler o Pergaminho
do Astrólogo Precavido,
o Amadeus Mui Precatado,
o Oraculante Preferido
dos deuses do Vei-Passado
da Astrologia do Fingido,
que fala do vei-narrado,
amadurecido,
extinguido,
do Astral Instituído,
um Pergaminho Velhinho
um tanto amarelecido,
mas com valor revivido,
um neovalor renovado.
Co a chegada do Toinzão,
a Dianna, mui contente,
despediu-se do Jaião,
o doutor impertinente,
que, ali, na contramão,
armou entrevero quente
co a Dianna Eixerdação,
distante do Sol Poente,
o qual,
antes da Prima Hora,
estava a viajar no Oriente,
mas, no ato do agora,
voltava, muito contente,
para iluminar a Alada,
a Dianna Espiralada,
uma Sacerdotisa De Mente
airosa e ativada,
viajante, incontinente,
por certo, espiritualizada,
por um nadica, um nada,
arruma as trouxas, diligente,
e vai, sem destino ou pousada,
tocando o Carro pra frente,
sorteando a estrad’alada,
se, por destino patente,
surgir, assim, bem de repente,
repentina encruzilhada,
fazendo-a, impertinente,
escolher a estrad’asada.
Do Netuno Preamar,
a Dianna se despediu,
prometendo o visitar
lá pelo novembro exemplar
do 2008 Gentil,
um Anno Espetacular
como acá nunca se viu,
porque, nesse Anno Sem-Par,
o Mundo evoluirá,
deixando o preconceito findar
em um Passado Senil,
prescrevendo ũa Paz Sem-Par
para um Porvir de Cem Mil.
Co a chegada do Toinzão,
a Dianna, mui contente,
despediu-se do Jaião
e tocou o Carro à frente;
despediu-se do Netuno,
um amor bem antigão,
e buscou um novo rumo
para realçar a Canção,
pois a Estrada Rebuscada,
que vai per a Serra Alada
do Alto da Conceição,
é estrada esburacada,
com armadilha fincada,
não é estrada mareada,
não tem nenhuma Enseada,
nem Taberna Adivinada,
nem Netuno de Roldão;
está longe da Baía,
da Costa do Brasilzão,
está na Montanha Vazia,
em direção ao Sertão,
ou das Altas Serranias
das Minas de Ouro e Carvão,
e para a Dianna Sem-Guia,
à moda de Veiro Narrar,
uma neo-invocação pré-urgia,
para a Via alumiar,
e, com grande maestria,
retomar o Neo-Cantar,
para seguir, com alegria,
e em boa companhia,
o Toinzão Neo-Milenar,
até a Serra Ventania,
a Serra da Alegria
de Amadeus Trilenar,
o Chefe da Confraria
de o Zeus de o Antigo Troar.
O destino, pré-declaro!,
da Viagem de Roldão,
era visitar o Preclaro
do Alto da Conceição,
o Amadeus do Olho Raro
no Centro de seu Frontão,
morador do Monte Claro,
vizinho do de São João,
nas Serranias de Minas,
Estado Bem Antigão,
das iguarias divinas
feitas por divas mãos,
mãos de diligentes Meninas
e Velhas de Muita Ação,
das Cozinheiras Faceiras
cozinhando cereais
nas Cozinhas Hospitaleiras
do Estado de Minas Gerais.
A Serra, por ela amada,
de beleza sem-igual,
situada e assinalada
bem longe da Capital,
era Serra Espiralada,
pertinho de Laranjal,
ou melhor,
a Serra Asada,
ficava, bem situada,
perto de um outro local,
chamado de Carangola,
a Princesinha Frajola
da Mata Fenomenal,
Zona Mui Caipirona
de meu Estado Natal,
fronteiriça Faixa Urbana,
por certo!, mui Grandalhona,
do Pedestal Racional.
Assim, assim!
Assim, não!
Assim, então, por que não?
Com a chegada do Toinzão,
a figura ensolarada
da cabeleirona dourada
repleta de animação,
de cabeleiron’assanhada
iluminando a amplidão,
o dia se iluminou,
e a Dianna se animou
a retomar a Estrada,
a tal Estradazinh’Alada,
que serpenteia, agitada,
a Serra Espiritualizada
do Caparaó Cantochão,
cantado em verso e prosado
por Menestrel de Expressão,
manifestando o d(o)ado
com grande imaginação,
até à novel Alcaçada
de Amadeus Antigão,
uma Via Espiralada,
repleta de Trovoada
e muito Ar-de-Monção,
Vento que vem da Enseada
de Netuno Ancião,
que fica na Porta’Alada
da Entrada Espiralada
do Reino da Invenção,
para, depois, bem-menada,
alcançar a Renomada
Serra da Conceição,
uma Serra imaginada
com muita consideração,
por ter, com honra ganhada
de Deus Pai do Vei-Cristão,
acolhido a pro-manada
de gado e galinha assada,
além de semente d(o)ada
para verdejar o Sertão,
e que, aqui, nesta Enrolada
Cantoria Bem Menada,
não deve ser profaçada,
deve, sim!, ser muito honrada,
com finura trebelhada,
fazendo sembrante bõo,
mostrando ser a Galanada,
uma Serra Abençoada,
o Alto da Conceição,
pois foi lá que a Afolada
Dianna Anunciação
começou a caminhada
neste Mundão Sem Frontão,
quando o seu Pai Aquileu,
descendente de Peleu,
na Alvorada Encantada
de um dia-revelação,
plantou semente bem louvada,
ou semente vida’alada,
em sua esposa adorada,
a Jane do Grã Sertão,
quando, em um Fevereiro exemplar,
estavam os dois a namorar,
muito de bem a brincar
na Casa do Guardião
da Montanha Milenar,
o Amadeus Avozão,
cujo nome trilenar
era Amadeus Secrelão,
três Segres a vivenciar
as voltas do Temporão,
do Tempo de Bem Amar,
de bem amar com paixão,
para em Novembro Sem-Par
do quarenta e seis de então
dar vida ao Embrião,
ou seja,
a Diannazinha Lunar,
mas, que fato espetacular!,
mesmo sendo suplementar,
a dita cuja sem par
Dianna da Serra e Dumar,
nasceu mesmo no Sertão.
Ao desviar o caminho,
passando per o Mar Atlante,
a Dianna do Arminho
Branquinho Reverberante,
ou Dianna do Caminho
da Lua Nova Adamante,
foi conversar com o Marinho
Netuninho PreAmante,
enquanto o Toinzão Bonitinho
voava ao Oriente Distante,
para voltar, bem cedinho,
e os dois seguirem adelante.
E, de manhã, com ventinho,
quando o Faetonte voltasse,
e lhe fizesse um neocarinho
com os raios da matinada,
a Dianna se animaria
a retomar a Estrad’Alada,
e asinha se enlaçaria
ao Toinzão da Revoada
de Pássaros e Batucada
e da Fiz Neo-Caminhada,
pois, oimais,
antecoante,
dali pra frente, doravante,
o Jaiazão Neo-Gigante,
o Toinzão Itinerante
dela não se livraria,
a Dianna Afolante
ou Dianna Enluarada,
e os dois, em carreat’atirada,
press pressa subiriam
a Charretona Aluada,
Charrete Desatrelada,
por certo!, Desengonçada,
e, com nova assuãrazia,
em novel Via Vazia,
a caminho seguiriam
ao Horizonte Trifrontante.
E, certamente, seria
um ensolarado dia,
e a meiga cotovia
um belo dia prediria,
e para os Amantes faria
uma Estrada Bem Asada,
estrada despovoada,
de ventarol’animada,
cheia de curva enrolada
e parole ávol e dada,
parole mui bem tramada,
por certo!, abençoada
na Escudelona Gigante
do Sacerdote do Nada,
― o Nada Edificante,
do Velho Conceito distante,
da Era Neo-Pivotante
ou Era Descondensada
do dois mil e sete, passante,
século de gente enfezada
a guerrear por nanada,
a passar em revoada ―,
o Júpiter Tonitruante
da Ordem Latinizada.
Entretanto,
a Viagem ao Santo Monte,
ou Monte do Bello Horizonte,
distanciara-se um tantinho,
necessitando antecoante
de retomar o neo-cadinho
de argila refratante,
de operação quimicante,
per temperatura de vinho,
pois, sem gasolina brilhante,
a Carruagem Voante
não chegaria ao Pré-Ninho
de Amadeus Pivotante,
o Sacerdote Bonzinho,
que, com ternura e carinho,
augurava, à Quiromante,
um caminho bonitinho,
sem pedregulho ou espinho.
A Viagem ao Santo Monte
desviara-se um tantinho,
pois, perto de Belo Horizonte,
havia um neoburburinho,
a dizer que um Pré-Gigante
estava a bloquear o caminho
da Diannazinha Du Monte,
em seu cantar afolinho.
O fato desiderato
foi o seguinte relato
de este narrar consentido:
A Diannazinha do Matto,
com seu vestido florido,
esqueceu-se do Alado,
seu Charreteiro Querido,
e foi asinha, de fato,
falar com o Destemido,
que estava, em aparato,
a imprecar contra o Precato
que fez o Luís Querido.
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