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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

VI – QUE DISCURSA SOBRE AS DESCOBERTAS LITERÁRIAS DA FIDALGA EXTRAVAGANTE


VI – QUE DISCURSA SOBRE AS DESCOBERTAS LITERÁRIAS DA FIDALGA EXTRAVAGANTE



NEUZA MACHADO


A Dianna Gostava De Ler E Escrever,
mas, naquela época,
nunca que tinha tempo para tais prazeres.
Depois do “Basta!”,
E Já Ex-Fidalga, Começou A Viajar
do jeito que ela queria.
Foi nesse momento que ela descobriu que,
Por Meio De Suas Leituras E Escritos,
ela Poderia Viajar Viajar Viajar,
Além De Se Desdobrar Em Mil E Mil E Mil Mulheres,
Dos Diferentes Mil Nomes Brasileiros Altaneiros,
e que, Em Suas Viagens Literárias Sem-Rumo,
ela Poderia Também Apresentar-Se
Com O Nome Que Bem Quisesse.

Os Filhos já estavam crescidos,
cada um vivendo a própria vida,
e, assim, nesse firim-fim-fim,
O Ócio Começou A Tomar Conta De Seus Pensamentos,
Instigando-A Para As Tais Viagens Sem-Fim.

E A Fidalga Começou A Ler Com Sofreguidão,
Nos Entremeios Daqueles Vagares Airados,
Livros De Aventuras Dos Heróis
Gregos E Troianos E Latinos,
Além De Livros De Aventuras
Cavaleirescas Da Idade Média,
Livros De Aventuras Portuguesas
(De Camões,
De Fernando Pessoa A Almeida Faria, Et Cœtera),
Livros De Aventuras Picarescas
Do Século XVI, Século XVII, XVIII, XIX e XX.
No entanto,
lá pelos últimos, já lidos e relidos,
Encasquetou-se com
a Triste Figura do Quixote,
escrito pelo espanhol
Miguel de Cervantes Saavedra,
nascido em Alcalá de Henares,
Espanha, em 1547,
e O Encasquetamento Foi Tanto,
e A Dita Cuja Já Meio Desequilibrada Estava,
que ela se julgou
uma reencarnação feminina
do Doudo Andarilho.

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