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sábado, 20 de fevereiro de 2010

XIII – DO QUE PRIMEIRO ACONTECEU À FIDALGA LUNAR QUANDO DECIDIU SAIR POR AÍ A VOAR


XIII – DO QUE PRIMEIRO ACONTECEU À FIDALGA LUNAR QUANDO DECIDIU SAIR POR AÍ A VOAR



NEUZA MACHADO


Depois Que A Dianna Quixotinna Decidiu Sair
Pelo Brasil Varonil
A Voar Em Charretona Brilhante Voadora,
mais ainda, Depois De Ter Convidado,
Para Protegê-la,
por meio de telefone celular,
O Toinzão, Um Cocheiro Galante,
Proprietário Da Tal Charretona Brilhante,
O Toinzão Saradão,
Também Conhecido Pel’Alcunha Importante
De Faetonte Gigante,
O Toinzão, Filho De Apolo Cantante,
Então, Redigo,
Depois De Ter Convidado O Toinzão
Para Acompanhá-La
Em Suas Aventuras Seguras,
a Fidalga pensou:


“― O primeiro Caminho-Aventura que irei fazer,
este será o Caminho que leva ao Alto da Conceição,
para visitar o meu Tronco Familiar,
cujo Patriarca Trilenar
é o Fantasma do Trisavô Amadeus,
Um Formidável Ancião Antigão
Descendente de Zeus”.

Mas, voltando ao Enredo Inventado,
O Alto da Conceição ainda existe no Estado
De Minas Gerais, no Brasil Varonil,
O Imensurável Brasil Cor-De-Anil,
E fica bem pertinho de Santa Luzia do Carangola,
A Princesinha da Zona da Mata, Frajola.

Então!
Então, ali morava o Fantasma do Trisavô Amadeus,
Do Alto da Conceição, Sentinela,
Visto por alguns, sempre, a portar uma vela
Nas noites escuras,
― uma brilhante aquarela ―,
A cuidar e velar pelos seus,
O Amadeus que, sempre em Sonhos,
vinha conversar com ela,
Somente Em Sonhos Risonhos,
E, o Mesmo, lhe havia prometido,
Se, um dia, visitá-lo fosse,
Naquele Alto Basalto,
ele apareceria em forma de gente,
Mostrando-lhe direitinho
quomodo fora a sua Face Antiga Terrena.
E olha que só poucas pessoas obtiveram o prazer
De conversar com o Fantasma do Amadeus,
Porque, esse Mitológico Trilenário,
Era muito compenetrado
E só conversava com as pessoas eleitas por ele,
Pessoas de sua confiança.
Mas, que ele gostava muito dela,
Isto a Quixotinna tinha certeza.

Entretanto, voltando ao assunto em questão,
Ditas, então, as paroles asadas,
Vou viajar viajar viajar,
E depois de ouvir as impressões da Família
sobre a sua sanidade,
mesmo na sua doudice sonambúlica,
planejou a sua Viagem de Sonhos,
sem esquecer, principalmente, a alimentação.
E feitas pois a galope algumas malinhas de viagem,
Com roupas esvoaçantes,
e uma matolotagem deliciosa,
para colocar no Freezer da Carruagem,
e para alimentá-la por uma semana,
se fosse preciso
― galinhas assadas e farofa de farinha de mandioca,
arroz de carreteiro e feijão tropeiro,
frutas tropicais diversas e muita água potável filtrada ―,
alimentos congelados,
já preparados,
mas bem acomodados
em embalagens próprias,
portanto, mesmo já preparados,
alimentos que iriam conservar-se saudáveis
por um largo tempo
(um progresso espetacular de seu tempo histórico,
repleto de novidades tecnológicas,
acessíveis a ricos e remediados);
assim, reato o assunto,
a Quixotinna não tardou em telefonar para o Toinzão,
pedindo-lhe, com urgência,
a companhia dele para a sua Viagem de Sonhos,
pois, sem um Acompanhante Espetacular,
a Viagem não teria graça alguma.
E que ele não esquecesse de trazer também
a Charretona Iluminada,
pois, Grandes Viagens
Prosopopaicas
têm de apresentar-se quomodo fossem
Montras Brilhantes.
Senão,
quomodo chamar a atenção
dos Internautas-Leitores,
em seu Tempo Globalizado
dos Portentosos Realities Televisionados?

Em verdade, bem que ela poderia viajar sozinha
pelo Brasil Varonil e per o Mundo Rotundo também
em uma Carruagem de Sonhos,
no entanto,
acompanhada era muito mais divertido.
Sem acompanhante, não teria graça nenhuma!
E o Toinzão, cá entre nós!,
Era Lindo De Fazer Gosto!
Era, Não! É!
Malhado! Musculoso! Saradão!
Ensolarado! Dourado!
E Rico!
Sua Carruagem-Vimana Brilhava
(continua brilhando!),
naquela época,
Repleta De Faiscantes Pedras Preciosas.
E Muito Ouro!
Quando A Carruagem Do Toinzão Aparecia
No Horizonte Brasileiro,
Em Dias Ensolarados,
Era Uma Festa!
O Povo Brasileiro Todo Ia Reverenciá-Lo Nas Praias,
Nas Altas Montanhas Longe Do Mar,
Ou Mesmo Nas Lajes
Dos Muitos Outeiros-Moradias Do Brasil Varonil
(de verdade, tudo isto ainda existe!
O Toinzão-Faetonte Ama O Brasil Varonil!).
Aí, Então, A Dianna Escolheu
O Toinzão Brilhantão Quomodo Escudeiro,
Já Que Estava Fascinada
Por Histórias De Cavalaria À Moda Medieval.
Que Escudeiro Melhor Do Que O Sol Luminoso
Para Escoltá-La Em Suas Aventuras Seguras?!!!

A Charrete Do Toinzão,
Aos Olhos Dela,
Era Toda Enfeitada!
E brilhava tanto que fazia gosto apreciá-la!
Sua Mentis De Mentis
não aceitaria nunca um Escudeiro Apagado!
Já bastava ela!
Uma Luna Luna Lunática!
E Lua é Satélite Sem Brilho!
Convenhamos!
Até mesmo o Marido Querido do Passado
foi para ela um Ser Iluminado!
Entretanto, os Iluminados não são fiéis!
São Passageiros!
O Toinzão, não!
Era um Iluminado Fiel!
E a Dianna não via a hora de viajar com ele,
De se instalar na Vimana Ensolarada,
a Charretona Dourada,
e Viajar Sem Rumo Certo,
Farejando Aventuras-Mil.
Entretanto, A Primeira,
ela sabia,
Tinha Rumo Certo, Sim Senhor!
Ela Iria Visitar O Fantasma
Do Amadeus No Alto Da Conceição!

E Assim, Logo Que O Toinzão Faetonte,
Filho De Apolo Brilhante,
Apareceu No Horizonte
da Cidade do Rio de Janeiro,
onde a Dianna morava,
Quando ele apareceu, Muito Brilhante!,
e encostou a Carruagem na calçada,
em frente ao seu Cafofo Tão Fofo!,
seu Cafofo Tão Aconchegante!,
Tão Alienante!,
ela sentou-se em frente
ao Computador Sansung
do Final do Século XX,
colocou uma folhas de papel reciclado A4
na Impressora HP,
reservou um disquete jurássico
para resguardar o que fosse escrever
(naquela época, ainda não existia o pendrive maravilhoso)
e, Sonambulicamente,
Iniciou A Sua Viagem Ao Alto Da Conceição,
Acompanhada Evidentemente Pelo Toinzão Bonitão
Que Brilhava Brilhava Brilhava Na Amplidão.

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