XIII – DO QUE PRIMEIRO ACONTECEU À FIDALGA LUNAR QUANDO DECIDIU SAIR POR AÍ A VOAR
XIII – DO QUE PRIMEIRO ACONTECEU À FIDALGA LUNAR QUANDO DECIDIU SAIR POR AÍ A VOAR
NEUZA MACHADO
Depois Que A Dianna Quixotinna Decidiu Sair Pelo Brasil Varonil A Voar Em Charretona Brilhante Voadora, mais ainda, Depois De Ter Convidado, Para Protegê-la, por meio de telefone celular, O Toinzão, Um Cocheiro Galante, Proprietário Da Tal Charretona Brilhante, O Toinzão Saradão, Também Conhecido Pel’Alcunha Importante De Faetonte Gigante, O Toinzão, Filho De Apolo Cantante, Então, Redigo, Depois De Ter Convidado O Toinzão Para Acompanhá-La Em Suas Aventuras Seguras, a Fidalga pensou: “― O primeiro Caminho-Aventura que irei fazer, este será o Caminho que leva ao Alto da Conceição, para visitar o meu Tronco Familiar, cujo Patriarca Trilenar é o Fantasma do Trisavô Amadeus, Um Formidável Ancião Antigão Descendente de Zeus”.
Mas, voltando ao Enredo Inventado, O Alto da Conceição ainda existe no Estado De Minas Gerais, no Brasil Varonil, O Imensurável Brasil Cor-De-Anil, E fica bem pertinho de Santa Luzia do Carangola, A Princesinha da Zona da Mata, Frajola.
Então! Então, ali morava o Fantasma do Trisavô Amadeus, Do Alto da Conceição, Sentinela, Visto por alguns, sempre, a portar uma vela Nas noites escuras, ― uma brilhante aquarela ―, A cuidar e velar pelos seus, O Amadeus que, sempre em Sonhos, vinha conversar com ela, Somente Em Sonhos Risonhos, E, o Mesmo, lhe havia prometido, Se, um dia, visitá-lo fosse, Naquele Alto Basalto, ele apareceria em forma de gente, Mostrando-lhe direitinho quomodo fora a sua Face Antiga Terrena. E olha que só poucas pessoas obtiveram o prazer De conversar com o Fantasma do Amadeus, Porque, esse Mitológico Trilenário, Era muito compenetrado E só conversava com as pessoas eleitas por ele, Pessoas de sua confiança. Mas, que ele gostava muito dela, Isto a Quixotinna tinha certeza.
Entretanto, voltando ao assunto em questão, Ditas, então, as paroles asadas, Vou viajar viajar viajar, E depois de ouvir as impressões da Família sobre a sua sanidade, mesmo na sua doudice sonambúlica, planejou a sua Viagem de Sonhos, sem esquecer, principalmente, a alimentação. E feitas pois a galope algumas malinhas de viagem, Com roupas esvoaçantes, e uma matolotagem deliciosa, para colocar no Freezer da Carruagem, e para alimentá-la por uma semana, se fosse preciso ― galinhas assadas e farofa de farinha de mandioca, arroz de carreteiro e feijão tropeiro, frutas tropicais diversas e muita água potável filtrada ―, alimentos congelados, já preparados, mas bem acomodados em embalagens próprias, portanto, mesmo já preparados, alimentos que iriam conservar-se saudáveis por um largo tempo (um progresso espetacular de seu tempo histórico, repleto de novidades tecnológicas, acessíveis a ricos e remediados); assim, reato o assunto, a Quixotinna não tardou em telefonar para o Toinzão, pedindo-lhe, com urgência, a companhia dele para a sua Viagem de Sonhos, pois, sem um Acompanhante Espetacular, a Viagem não teria graça alguma. E que ele não esquecesse de trazer também a Charretona Iluminada, pois, Grandes Viagens Prosopopaicas têm de apresentar-se quomodo fossem Montras Brilhantes. Senão, quomodo chamar a atenção dos Internautas-Leitores, em seu Tempo Globalizado dos Portentosos Realities Televisionados?
Em verdade, bem que ela poderia viajar sozinha pelo Brasil Varonil e per o Mundo Rotundo também em uma Carruagem de Sonhos, no entanto, acompanhada era muito mais divertido. Sem acompanhante, não teria graça nenhuma! E o Toinzão, cá entre nós!, Era Lindo De Fazer Gosto! Era, Não! É! Malhado! Musculoso! Saradão! Ensolarado! Dourado! E Rico! Sua Carruagem-Vimana Brilhava (continua brilhando!), naquela época, Repleta De Faiscantes Pedras Preciosas. E Muito Ouro! Quando A Carruagem Do Toinzão Aparecia No Horizonte Brasileiro, Em Dias Ensolarados, Era Uma Festa! O Povo Brasileiro Todo Ia Reverenciá-Lo Nas Praias, Nas Altas Montanhas Longe Do Mar, Ou Mesmo Nas Lajes Dos Muitos Outeiros-Moradias Do Brasil Varonil (de verdade, tudo isto ainda existe! O Toinzão-Faetonte Ama O Brasil Varonil!). Aí, Então, A Dianna Escolheu O Toinzão Brilhantão Quomodo Escudeiro, Já Que Estava Fascinada Por Histórias De Cavalaria À Moda Medieval. Que Escudeiro Melhor Do Que O Sol Luminoso Para Escoltá-La Em Suas Aventuras Seguras?!!!
A Charrete Do Toinzão, Aos Olhos Dela, Era Toda Enfeitada! E brilhava tanto que fazia gosto apreciá-la! Sua Mentis De Mentis não aceitaria nunca um Escudeiro Apagado! Já bastava ela! Uma Luna Luna Lunática! E Lua é Satélite Sem Brilho! Convenhamos! Até mesmo o Marido Querido do Passado foi para ela um Ser Iluminado! Entretanto, os Iluminados não são fiéis! São Passageiros! O Toinzão, não! Era um Iluminado Fiel! E a Dianna não via a hora de viajar com ele, De se instalar na Vimana Ensolarada, a Charretona Dourada, e Viajar Sem Rumo Certo, Farejando Aventuras-Mil. Entretanto, A Primeira, ela sabia, Tinha Rumo Certo, Sim Senhor! Ela Iria Visitar O Fantasma Do Amadeus No Alto Da Conceição!
E Assim, Logo Que O Toinzão Faetonte, Filho De Apolo Brilhante, Apareceu No Horizonte da Cidade do Rio de Janeiro, onde a Dianna morava, Quando ele apareceu, Muito Brilhante!, e encostou a Carruagem na calçada, em frente ao seu Cafofo Tão Fofo!, seu Cafofo Tão Aconchegante!, Tão Alienante!, ela sentou-se em frente ao Computador Sansung do Final do Século XX, colocou uma folhas de papel reciclado A4 na Impressora HP, reservou um disquete jurássico para resguardar o que fosse escrever (naquela época, ainda não existia o pendrive maravilhoso) e, Sonambulicamente, Iniciou A Sua Viagem Ao Alto Da Conceição, Acompanhada Evidentemente Pelo Toinzão Bonitão Que Brilhava Brilhava Brilhava Na Amplidão.
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