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terça-feira, 18 de maio de 2010

5.7 – CIBELE ROMANELLI: UMA QUINTA-FEIRA EM MADUREIRA


5.7 – CIBELE ROMANELLI: UMA QUINTA-FEIRA EM MADUREIRA

NEUZA MACHADO



Em lá chegando,
percebeu que a
estranhosa
manhã brasileira
daquela Quinta-Feira
invernosa
já estava radiosa,
já aparecendo no céu
gloriosa
a Aurora Fermosa
dos Dedos de Rosa,
e que a movimentação
nas ruas
do Bairro em questão
já estav’agitada
e atuante,
então?!,
então, não?!,
com todo aquele Povo
passageiro-personagem-
passante
correndo de lá-para-cá,
numa faina’incessante,
em direção
aos seus trabalhos diários
de reduzidos salários.
E viu ali,
a Cybele da Antiga Canção,
com o coração comovido,
o Povo Sofrido
do Brasil Destemido,
repleto de incrível esperança
e ilusão e insuperável paixão,
acreditando num Futuro-
Sem-Muro,
um Futuro-de-Porto-Seguro
repleto de uma notável ansiada
e desejada e esperada
saudável refeição,
com muuuituarroz-com-feijão
e carne fumegante tostada
de frango-capão,
e muuuito
café-com-leite-de-vac’abundante,
e manteiga mineira verdadeira
com pão-de-sal-francês
gostoso e crocante,
acreditando deveras
que o Novo Governuatuante
do Altíssimo Planalto Central
do Distrito Federal,
aquele Brasileiro Sensacional,
oriundo de um Valeroso Povão
Sem-Igual,
salvaria e salvará e restaurará,
colocando em um
Vitorioso Patamar
com muito maná,
a anteriormente sofrida
e decaída Nação.
Eis aqui então,
nestas páginas,
neste 2004 em questão,
presente somente para Vós,
meu Leitor
do Futuro-Sem-Muro Distante!,
a cantante
vibrante
População itinerante
flutuante
alvissareira
carioca-brasileira
de Madureira.

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