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sexta-feira, 21 de maio de 2010

6.2 - ASSIM ACONTECEU O TAL ENCONTRO SINGULAR


6.2 - ASSIM ACONTECEU O TAL ENCONTRO SINGULAR

NEUZA MACHADO


A Cybele Gisele,
em anteriores tempos
mitificados,
quomodo deusa-mãe
de portentosos alados,
habituara-se a conduzir
epo-combates ousados.
Mas, depois do Avatar
Sem-Igual,
uns poucos
Três Mil Annos Passados,
depois de seu diferente
renascimento,
naquele Preci(o)so
Momento Julino
do Anno 2004
do Calendário Atual Anual,
a nobre já não possuía
os tais exagerados
e mui comentados
poderes antigos
e et cœtera e tal.

E foi com uma presença
de espírito sensacional
que a Cybele Romanelli
acalmou os Oito Leões do Nepal,
substitutos dos Outros
oriundos do Antigo Ceilão
e da Ilha Terceira Maioral,
e ficou por ali de alcatéia,
espreitando a Horrenda Contenda,
resguardada no meio
daquela enfurecida
e Impagável Platéia.

E o ladrão bobalhão
azarado
que ameaçou roubar
um Velho Sarado,
de narigão empinado,
um Velho Malhado,
um Velho Brasileiro
de aspecto saudável
corado,
apanhou feit’um cão,
do Velho Galhardo
e da Multidão.
O pobre ladrão,
um coitado!,
ficou ali desmaiado,
sangrando,
machucado,
quase sem roupa,
estirado no calçadão,
e os contendores agitados,
todos animados!,
de sentinelas!,
o Vagabundo vigiando,
à espera do Chefe
da Polícia Central
e sua equipe de Soldados,
sensacional,
encarregados
de o levar
à Horrenda Prisão.

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