VI - AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA: SEGUNDA PARTE DA PRIMEIRA AVENTURA
VI - AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA: SEGUNDA PARTE DA PRIMEIRA AVENTURA
NEUZA MACHADO
A Circe, Feliz, se viu na Entrada do Castelo Tão Belo da Rainha-Fada, a Fada-Madrinha, a Idéia Luzia de Cabeça Enfeitada com lacinhos de fita prateada e rosada, a Madrinha Boazinha, um tanto avoada, mas que, com maternal afeto e ralhar discreto, protegia a Afilhada perdida na Estrada de qualquer enrascada, oferecendo-lhe guarida pedida e café com torrada, além do conforto de uma tranqüila madrugada, dormindo ao som da canção inspirada de Roberto Cantor de Idade Avançada, cantando, tão terno!, a música sagrada, transbordando emoções na voz afinada, e que saía do rádio que ficava na entrada do Castelo Tão Belo de Aparência Dourada, e se espalhava alada em cantochona toada, dolente e baixinha, a ninar a Afilhada, para um outro Dia Feliz de Manhã Animada, com Aventuras-Mil ao Longo da Estrada.
E a Circe se viu ali tão cansada!, pois caminhara flutuando naquela mágica estrada, mágica estrada de noite cerrada, que as mãos da Rainha beijou, encantada!, pois, por certo!, sabia que um teto teria, da madrugada pro dia, e, depois, na Estrada da Insólita Passada, a andar estaria, feliz e enlevada e um tantinho avoada, do racional inclemente, das guerras tenebrosas e dos maldizentes, influentes, bem afastada.
E a madrugada, por certo!, no Castelo deserto, foi diferente. Os ruídos da noite se tornaram embalantes na dormideira dormente de sonhos gigantes, e a Circe Irinéia flutuava em seu sono, duplamente sonhando com aventuras sem dono, estórias saídas de embornal virginal, sem uma gota sequer de influência fatal, pois seus sonhos estranhos, muitas vezes medonhos, não saíam, jamais!, da forma vital.
Aquele, insistente!, que aquel’hora ausente povoava sua mente, era, por certo!, bem diferente. A Circe caminhava, de novo na Estrada, à procura do Nada, tão diferente do Tudo que agita a moçada. Estava ela na Estrada, Estrada Sonhada, a procurar o tal Nada, repleto que era de palavra cifrada, quando, de repente, bem à sua frente apareceu, simplesmente, uma figura engraçada. Era o Sapim Querubim da Princesa Rosada, pedindo a Circe Irinéia, com voz embargada, que o livrasse depressa, num zás-trás de nortada, da magia vazia da Bruxa Malvada, que o transformara num sapo de beira-de-estrada, tão longe dos seus, também da Amada, sem a coroa de Príncipe e sem Propriedade Selada.
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