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sexta-feira, 26 de março de 2010

XXIV - AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA: A QUINTA AVENTURA DE CIRCE


XXIV - AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA: A QUINTA AVENTURA DE CIRCE

NEUZA MACHADO



A Quint’Aventura’Alada
de Circe do Olhar Brilhante
Aconteceu de Madrugada,
Com Imaginação Instigante,
porém, Muito Bem Patrocinada
Per Jano Muito Importante,
o Chaveiro da Portada
e da Canção Vigorante,
Quando Andava Per a Estrada
do Pensamento Intrigante,
Buscando a Via Afamada
da Imaginação ReNovante,
Com Rol de Parol’Inventada
e Sinalização Estreante,
de Curva Desgovernada
e Cobra Muito Enrolante,
de Palavra’Agilizada
e Sem Preceito Dominante.

Já Raiava a Madrugada
de Um Dia de Fevereiro,
e a Circe Andava Cismada
Per a Estrada do Porteiro,
Aquele da Port’Alada,
o Jano Janiculeiro,
Quando, Assim, Bem De Repente!,
Apareceu na Sua Frente
o Velho do Canto Veiro,
Brandindo na Lesta Mão,
Repleto do Siira Primeiro,
o Inconfundível Bastão
do Peregrino Aguadeiro,
o Tal Bastão Antigão
de Madeira Pessegueiro,
Per Sensata Expulsão
de Nefasto Caminheiro,
Seja Qualquer Cidadão
do Terceiro Milongueiro
que se afaste do Jargão
do Português Pioneiro
para usar o Tal Calão
de Meu Povo Brasileiro,
pois as Regras da Canção
do Tal Cantar Altaneiro
Não Aceitam a Criação
de Um Cantar Neo-Siiraeiro,
e que, se a Dita Cuja quisesse,
em Tal Caminhar Desordeiro,
teria de Enfrentar o Estresse
de Um Embate Justiceiro.

Era a Quinta Bell'Aventura
de Circe do Neo-Andar Primeiro:
Lutar Com a Estranha Criatura
do Tal Bastão Pessegueiro,
que, em Antiga Investidura,
matou um Garboso Guerreiro,
impedindo a Abertura
para um Tempo Sobranceiro,
a Exigir Norma e Clausura
e Ordem no Reposteiro.

E o Tal Veiroto Gritava,
Brandindo o Incrível Bastão,
e à Circe Ameaçava
com Palavras de Montão,
dizendo à Nova Singela,
muito arrogante e pimpão!,
que, Naquela Passarela,
a Circe não Passaria, Não!,
e que, mesmo possuindo, ela,
o Apoio de Janiculão,
e, mesmo com a Elegante Courela
que estava em sua Mão,
na Qual a Circe Isabella
guardava o Celular Vermelhão,
para pedir Vel’Ambarela,
Uma Luz na Escuridão,
ao Jano da Prima Era,
o Chaveiro do Portão,
ela teria, com Mæstria!,
até a Oitava do Dia
da Festa de Santa Luzia,
a Santa de Seu Rincão,
celebrada em Dezembro
do Novo Calendário Cristão,
Abjurar da Escudela,
na qual, Presunçosa ou Singela,
a Reptada Sandela
Retirava a Exerdada Canção
repleta de Afolida Linguagem,
per uns, Manancial de Bobagem,
pois, por mais que Guarnecida
e também Muito Querida
per os Termos Actuais,
Tal Linguagem Exerdida,
à Portuguesa Consentida
Não Chegaria Jamais.

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