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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ODISSÉIA MARIA DAS MULHERES MAL-AMADAS DO SÉCULO XX FINADO DO BRASIL EMPENHADO - 1998 / 1999

ODISSÉIA MARIA DAS MULHERES MAL-AMADAS DO SÉCULO XX FINADO DO BRASIL EMPENHADO - 1998 / 1999

NEUZA MACHADO

NONO CANTO - 2

... entretanto, agora, chegou a minha hora e vez,
A Hora e Vez de Augustina Matraga das Lavouras de Café Milho Arroz e dos Amplos e Magníficos Pastos Para a Engorda de Bois das Minas Gerais,
parenta longínqua do Ficcional Nhô Matraga,
nascido nas Terras Longínquas de Minas Gerais,
o Amigo Sincero do meu Amor Guimarães;
as Mulheres Brasileiras, Coitadas!,
neste Anno Insano de 1999 Nem Sempre Têm Vez,
Poucas Mulheres Brasileiras conseguem um Lugar ao Sol no Brasil ou no Estrangeiro também,
neste Anno Insano de 1999, sair pelo Mundo é uma Aventura Terrível,
tentar a Sorte no Estrangeiro Altaneiro é uma Dolorosa Experiência,
experiência praláde traumatizante,
as Mulheres Brasileiras, Coitadas!, em outros Países do Mundo Rotundo,
acabam se prostituindo;
neste Anno Insano de 1999 há muitas prostitutas brasileiras pobrinhas nas ruas de Paris,
em 1999 há prostitutas brasileiras pobrinhas em Roma e Milão,
há prostitutas brasileiras pobrinhas nas ruas de Londres, et cœtera, et cetera, etc e tal;
e os Homens Brasileiros Pobrinhos, Coitados!, também labutando no Brasil ou fora do Brasil,
sofrendo a amargura da cruel rejeição;
porém, aqui, no Brasil,
neste 1999 antes do 2000,
o Estrangeiro Altaneiro se dá bem, sim Senhor!,
o Estrangeiro Altaneiro no Brasil Varonil vai muito bem, sim Senhor!;
eu também vou bem, muito obrigada!;
obrigado, aqui, é agradecimento, meu Leitor!,
meu Leitor Doctor Brasileiro do Terceiro Milênio da Era de Aquárius;
meu Leitor Verdadeiro nascerá no Século XXI do Agradecimento Modificado;
somos tão servis, meu Conterrâneo Leitor!, neste Anno Insano de 1999;
infelizmente, o nosso agradecimento nos revela ao Mundo Rotundo;
muito obrigados!,
muito obrigados a comer o pão que o diabo amassou, o pão que o diabo amassou com o rabo;
saímos sempre por aí a dizer obrigado, obrigado obrigado;
muito obrigada, meu Senhor Doutor, por me fazer trabalhar, trabalhar, trabalhar, e cadê ordenado que preste, Doutor!, eu trabalho trabalho trabalho e pouco recebo,
Você anda em carro de luxo e viaja pela Europa e pelo Mundo Rotundo e mora em Paris;
neste Anno Insano de 1999, cadê o dinheiro-salário a que tenho direito, Doutor!...

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