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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

18 - EPÍSTOLA AOS HOMENS DO FUTURO - RIO DE JANEIRO, 03 DE FEVEREIRO DE 2002

18 - EPÍSTOLA AOS HOMENS DO FUTURO - RIO DE JANEIRO, 03 DE FEVEREIRO DE 2002

NEUZA MACHADO

(Para que o Brasileiro Consciente do Brasil-País do Futuro possa se lembrar sempre que existiu um Brasil-Tristes Trópicos até o Final do Século XX)


Meus Amigos E Amigas do Futuro Brasilês, o Mês Mais Curto do Anno (apenas 28 dias) começou na Sexta-Feira Passada (01 de fevereiro de 2002) e, com ele, os preparativos para o Carnaval Brasilês do Rio de Janeiro (a Megalópole mais Bella do Mundo!). Desde o final do Século XX Passado até este Segundo Anno do Terceiro Milênio, a nossa Euforia Carnavalesca Brasileira tornou-se a maior e mais espectaculosa Demonstração Pública de Alegria do Mundo Rotundo.

O Carnaval é uma Festividade muito antiga que teve seu início na Grécia, principalmente nas homenagens que os Gregos Antigos faziam ao deus Dionísio nas épocas das colheitas da uva. De acordo com a História da Literatura Ocidental, por ocasião da colheita dos cereais, os Camponeses Gregos, usando máscaras, agradeciam a abundância de alimentos aos deuses com inspiradíssimos hinos religiosos (os trabalhos eram executados ao som de hinos religiosos), danças e vestimentas coloridas. As Festas Campestres eram a coroação da Fartura depois do trabalho árduo. Os preparativos para o plantio, a espera, para o momento certo da colheita, desenvolviam-se pari passu com os Sacrifícios Religiosos, ou seja, o trabalho no campo era consagrado inteiramente ao deus que protegera, desde o início, o desenrolar das atividades. Para que esse trabalho alcançasse um bom resultado (o ato de preparação da terra, a semeadura no tempo certo, a espera durante a germinação e crescimento, e, por último, a colheita), os Camponeses Gregos da Antiguidade (que eram controlados pelos Sacerdotes, os quais manipulavam as Datas das Festas Religiosas) ofereciam sacrifícios aos deuses, por intermédio de rictuais. Ao final, quando ocorria a colheita, os Camponeses ofereciam uma parte à divindade protectora, além de imolarem animais quomodo prova de agradecimento.

Para compreendermos as dificuldades de sobrevivência dos Gregos Antigos, é só imaginarmos o quanto se tornava trágico a perda de uma Colheita, já que, naquela época, não existia nenhum recurso tecnológico. A proteção de um deus, portanto, tornava-se indispensável, para que não sofressem em demasia a angústia da espera.

Paralelamente à Evolução da História dos Gregos Antigos (politeístas), desenvolvia-se a História dos Hebreus, os quais se tornaram monoteístas a partir de Abraão. Ocorre que algumas práticas religiosas dos Hebreus eram parecidas, de certa forma, com as práticas religiosas dos gregos quomodo, por exemplo, o rictual do oferecimento de sacrifício de animais, ou uma parte da colheita, em agradecimento à proteção de Deus.

Os Cristãos da Idade Média, mesmo se opondo às contribuições pagãs, ao lado dos rictuais rigorosíssimos, dos hinos religiosos entoados em homenagem ao único Deus, Pai de Jesus Cristo, o Salvador da Humanidade, assimilaram tais costumes, promovendo práticas semelhantes, iniciando os Festejos, por exemplo, no Dia de Reis (Epifania) e acabando as comemorações na Quarta-Feira de Cinzas. Os Cristãos Primitivos, nesses dias, deixavam-se contagiar pelas danças e folguedos, oriundos dos antigos costumes por eles rejeitados, abandonando a severidade própria de seu Culto Religioso. Com o desenrolar do tempo, os anteriormente Festejos Populares iniciados no Dia de Reis tornaram-se práticas religiosas e passaram a fazer parte dos rictuais da Igreja Católica de Roma.

O Carnaval (apesar de pontos de vista discordantes, não obstante as transformações sociais) é uma demonstração de que o Homem jamais se desprenderá de sua Memória Genética. É inerente ao Ser Humano a ânsia de liberdade, o desejo de ser feliz, a fuga (mesmo que seja momentânea) das pesadas responsabilidades. Neste meu Momento Histórico, nesta minha realidade social de calamidades sem-fim (Início de 2002: Segundo Anno do Século XXI), com certeza, as festividades carnavalescas tornam-se indispensáveis. O Pobre Brasilês Trabalhador, aquele que recebe um Salário que mal dá para Sobviver (ou Subviver, se Vocês quiserem, meus Ricos Amigos Brasileses do Futuro!), tem todo o direito de viver seus Três Dias de Glória, dançando e cantando no Centro da Avenida Carnavalesca, fantasiado de Milionário. Se, actualmente (Fevereiro de 2002, não s’esqueçam!), as Reduzidas e Ricas Classes Sociais Elevadas se irmanam aos Desprotegidos de Dite nas Festividades Carnavalescas em cada Grande Cidade do Brasil Varonil, aí já é uma outra história.

Enfim, meus Ricos Amigos do Futuro Sem-Muro!, o Povo Brasilês, nesta Semana de Fevereiro do Anno de 2002, iniciou os preparativos para a sua Incomparável Festa de Carnaval. Quomodo acontece desde meados do século XX, os Festejos Carnavalescos de Acá prometem alcançar, através dos Fios Invisíveis da Comunicação Globalizada, os mais Longínquos Recantos do Nosso Planeta Azulindo. Os outros Povos (outras Realidades) assistirão maravilhados ao Maior Espetáculo do Mundo Rotundo. Asseguro-lhes que não deixarei de narrar-lhes as Ocorrências de Nosso Famoso Entretenimento. Na próxima cartinha (do dia 10 de Fevereiro de 2002), Vocês, meus Amigos do Futuro Brasilês!, receberão notícias detalhadas de nossa Altissonante e Fantasiosa Comemoração. Aguardem!

Consciente que estou da Amável Atenção de Todos Vocês, Amigos do Futuro!, envio-lhes, quomodo sempre, o meu Transtemporal Afeto. Saibam, também, que rogo ao Deus dos Hebreus e Cristãos e Desta Nova Era Assinalada, Todos os Dias, Protecção para Vocês. Peço a Deus também para que o Futuro da Humanidade seja replecto de PAZ. Que Deus os Proteja!


ODISSEIA MARIA, também conhecida por CIRCE IRINÉIA, Filha de Antônio (apelido Aquileu) e Jane, uma Brava Descendente do Velho Damásio da Longa Barba Platinada, um Remanescente dos Gloriosos Habitantes da Longínqua Ilha de Ogiges; o Velho Damásio, antigamente um Fazendeiro das Borboletas Matinais e Alvoradas Gloriosas de Minas Gerais, uma Região Sem-Igual, de Altíssimas Montanhas, Localizada na Parte Leste do Brasil Varonil.

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