14.2 – A CYBELE DO PASSADO, DAQUELES MITOS DE ENTÃO
NEUZA MACHADO
D’Aqueles Mitos de Então,
Saiu do Sonho Bem-Sonhado
Desta Narradora Em Questão,
Em Um Momento Agitado
De Um Milênio Conturbado,
O Terceiro da Girândola,
Desde o Iniciar Cristão,
No Quarto Anno Mencionado
Nas Páginas Iniciais
Deste Pergaminho EnRolão,
O Tal Anno Assinalado
Do Século XXI Sem-Razão,
Em Um Momento Em Que as Mulheres,
Em Cada Pedaço de Chão,
Levantam Suas Colheres,
E Exigem Emancipação,
Querendo Tomar dos Homens
O Precioso Bastão,
O Bastão Patriarcal
Que Eles Tinham na Mão,
Hoje Um Bastão DesUsado,
Já Bastante DesGastado
E Sem Nenh’Uma Servidão,
Pois os Homens Actuais
Já Não São Mais Generais,
Nem Comandam a Relação,
Foram Todos Pra Cozinha,
Para Fazer Comidinha
Para as ConSortes Com Sortes,
Transformando em Matriarcado
A Dita Cuja União,
Pois, Agora Todos Eles,
Vão Pro Tanque Lavar Roupa,
Ou Se Tiverem Dinheiro,
Dinheiro Para Gastar,
Os Ditos Cujos Roupeiros,
Roupeiros Alvissareiros!,
Vão Bem DePressa Comprar
U’a Máquina de Lavar,
Já Que os Nobrezinhos de Agora,
Os Homens de Minha História,
Já Não Têm o Bell Mandar,
E Se Submetem, Com Glória!,
Aos Mandos Que Vêm do Ar,
Em Sonoroso Gritar,
Por Telefone Celular,
Pois as Suas ConSortes,
Todas Com Muuuuuuitas Sortes,
Também Saem a Trabalhar,
Para o Pão-Nosso Ganhar!,
Dividindo o Pesado,
O Pesado, Tããão Suado!,
Com o Marido Exemplar.
E, Muito Mais!, Eu Vos Digo!,
ReTirando o Pensar do Meu Ego,
Pois Sou Mulher e Não Nego
Que o Mundo Está a Mudar,
E Quem CoManda, Realmente,
O Casamento do Presente,
Neste Início Diferente
Do Terceiro Milenar,
Ou Seja, Três Vezes Seja!,
As Regras Tão Severas
E, Por Certo!, Mui SacrosSantas
Do Actual Bendito Lar,
É a Mulher InDependente,
Aquela Que Passou à Frente,
E Que, Agora, ImPonente!,
Por QualQuer InConveniente
Do Marido, Tão Querido!,
Se Põe a Bendita a Gritar.
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