AS MENINAS DE LYGIA FAGUNDES TELLES - AS MARCAS DE UMA NOVA ERA - 14
NEUZA MACHADO
A narrativa de Lygia Fagundes Telles, As Meninas, capta o real de uma sociedade mal estruturada em seus fundamentos e o clímax dessa mal-estruturação (aqui por via de interpretação extra-texto) foram os acontecimentos políticos no Brasil que marcaram as décadas de 1960 e 1970.
De acordo com os estudos cientificistas de Maurice-Jean Lefebve, percebe-se que há, no interior de cada personagem de textos ficcionais de linguagem obscura as confusões da alma e do tempo. É tarefa do analista-cientificista de momentos seguintes o ato de ordenar as imagens do texto, observando e reavaliando cada palavra, para, posteriormente, pelos pontos de vista da sociologia e de diversas ramificações da fenomenologia, compreender tais confusões. As palavras das chamadas Narrativas de Acontecimento, colocadas aleatoriamente no contexto narrativo, reunidas em resultados incertos, revelam o crepúsculo espiritual somado à decadência moral de um povo que aspira a uma nova forma de atuar no mundo. Tais narrativas revelam um momento de cisão na história particular de uma determinada comunidade em vias de mudanças sócio-políticas, mas, podem revelar, também, uma cisão em alta escala na diacronia temporal da humanidade: um novo período histórico acontecendo, uma Era denominada como Pós-Moderna, se quisermos nomeá-la assim.
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