AS MENINAS DE LYGIA FAGUNDES TELLES - O COGITO(3) DO PENSAMENTO INDIVIDUAL - 13
NEUZA MACHADO
Por meio da ficção, sabiamente, Lygia Fagundes Telles colocou-se a salvo de punições (segundo Bachelard, somente os sábios alcançam o cogito três, plano do pensamento individual), porque não nomeou ninguém diretamente em sua narrativa As Meninas, não fez acusações explícitas, apenas permitiu que suas frágeis meninas expressassem suas carências e angústias existenciais (tão próprias da juventude, independentes da época e do momento social). Assim, a escritora passou impune pela Censura, pois, felizmente, os censores da Ditadura teoricamente não sabiam ler as escritas ficcionais e nem mesmo interpretar as entrelinhas de textos inabituais, tão insólitos quanto a realidade (vital) que os estruturou.
O texto (ficcional) de Lygia relata as inseguranças existenciais de três moças, de patamares sociais diferentes, vivenciando as frustrações próprias de uma determinada juventude. O assunto da militância política de Lião não foi desenvolvido explicitamente nas linhas visíveis do texto, ou seja, o lado ativo de sua participação nos aparelhos revolucionários não foi claramente desenvolvido, mas está inserido nos Vazios altamente reveladores (criativos), obrigando os leitores-intérprets de agora a refletirem aquele momento, através de um raciocínio transmutativo (que pensa mais o que se encontra escondido entre os enclaves discursivos), juízos teóricos renovados desenvolvidos sem a interferência de diretrizes críticas obsoletas.
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